Feche os olhos e imagine o logotipo da sua marca favorita. O que vê? Em 90% dos casos, as cores vêm à mente. As cores são a associação inicial que cria uma conexão emocional com a marca. Veja como usá-las conscientemente para aumentar o reconhecimento do seu branding.
Cada marca conta uma história, e as cores são os seus principais protagonistas. Elas transmitem emoções mais rápidamente do que palavras e definem o tom de toda a narrativa. É uma linguagem universal que fala ao público, não importa em que parte do mundo a sua marca atua.
A escolha certa das cores pode fazer com que a sua marca seja vista como um "amigo", "especialista" ou "inspiração" para os clientes. Mas as cores não atuam sozinhas. Elas trabalham em conjunto com os gráficos, tipografia e conteúdo para criar uma imagem completa da marca, tornando-se parte integrante do storytelling.
Lembre-se do contexto em que as cores são usadas. Elas funcionam de forma diferente nas redes sociais, em outdoors ou materiais impressos. Escolha cores que sejam consistentes com o meio e a forma de comunicação.
Antes de definir as cores da sua marca, avalie as estratégias dos concorrentes.
Cada setor tem paletas características. No financeiro, predominam tons de azul-marinho e cinza, simbolizando estabilidade e confiança. Empresas de soluções ecológicas optam por tons terrosos. No setor de alimentação, amarelos e vermelhos são comuns.
Observar a concorrência ajuda a identificar padrões, mas é essencial questionar se segui-los beneficia a sua marca. Apegar-se demais às tendências pode levar à perda de identidade.
Para evitar cair na repetição, investigue quais as cores que prevalecem no marketing dos concorrentes e o que elas refletem sobre as suas estratégias. Adotam escolhas clássicas ou inovações? Essa análise revela o que funciona e o que já está ultrapassado.
Inspirando-se com sabedoria, é possível escolher cores que tragam frescor ao setor, diferenciando visualmente a sua marca e comunicando aos clientes que está a seguir um caminho único.
A consistência visual é fundamental para uma comunicação eficaz. Os seus clientes devem reconhecer a sua marca à primeira vista, seja num site, post nas redes sociais ou folheto publicitário.
Criar um brand book – um guia com regras de identidade visual – é essencial. Ele deve conter diretrizes sobre o uso das cores, como tonalidades específicas (Pantone, CMYK e RGB) e como combiná-las com outros elementos, como tipografia e logotipos. Isso garante que todos os responsáveis pela criação visual seguem as mesmas normas.
O brand book também protege contra usos inadequados das cores, que poderiam enfraquecer a imagem da marca. Regras claras ajudam a evitar variações que não refletem a essência da marca.
Além disso, assegure a acessibilidade visual. Escolha cores que sejam legíveis para pessoas com limitações visuais. Contrastes entre texto e fundo devem ser suficientemente altos para proporcionar conforto na leitura.
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Para identificar quais as cores que atraem o seu público, realize pesquisas adequadas. Testes A/B em campanhas online ajudam a avaliar a eficácia de diferentes combinações de cores.
Se os resultados apontarem que certas escolhas não funcionam, esteja aberto a mudanças. Ser flexível na identidade visual permite melhor adaptação ao mercado e aos consumidores.
Lembre-se de que as tendências de cores mudam. Atualizar regularmente a paleta conforme as preferências dos consumidores mantém a marca fresca e relevante.
A popularidade das cores é influenciada por tendências, tecnologia e expectativas dos consumidores. Adaptar-se a essas mudanças é uma arte no branding contemporâneo.
O que esperar do futuro? A personalização está em alta. Abordagens individuais para cores fortalecem laços com os clientes. Em breve, essa estratégia pode se tornar padrão, beneficiando marcas que a adotarem desde cedo.
Também há um retorno aos tons neon. Cores intensas, como fúcsia, limão e laranja neon, aparecem com frequência em anúncios e redes sociais.
Por outro lado, a busca por tranquilidade e equilíbrio num mundo caótico promove a popularidade de tons neutros, como beges, cinzas e pastéis, especialmente em setores como bem-estar, design de interiores e tecnologia.
Eventos e fenômenos culturais também moldam tendências. Em 2023, o tom rosa "Barbie pink" foi um destaque, impulsionado pelo lançamento do filme sobre a famosa boneca. Em 2024, vemos uma combinação de rosa e verde promovida pelo filme "Wicked".
Marcas podem adotar tendências temporárias sem alterar radicalmente a sua identidade visual. As Redes sociais são um espaço ideal para essas ações.
Seguir as microtendências aproxima a marca do público e aumenta o envolvimento. É uma forma de se destacar num mercado saturado, mantendo o equilíbrio entre inspirações sazonais e uma estratégia consistente.
As cores são o futuro. Cabe a nós usá-las para criar marcas consistentes e inspiradoras.